REIS DO REINO DO NORTE-ISRAEL PARTE 3
Por: Na Mira da Eternidade/05-05-2025
Os Quatro Reis de Israel (Jorão a Jeoás)
Durante um período conturbado da história do Reino do Norte (Israel), quatro reis se destacaram entre os séculos IX e VIII a.C. Cada um deles governou em meio à crescente decadência espiritual e à instabilidade política que marcavam os dias após a divisão do reino de Israel e Judá.
1️⃣ Jorão (Jeorão) – 852–841 a.C.
Continuou os pecados de seus pais e manteve a idolatria em Israel. Tentou alianças políticas e participou de campanhas militares, como a contra Moabe (2 Reis 3), mas terminou sendo assassinado por Jeú, instrumento de juízo de Deus.
2️⃣ Jeú – 841–814 a.C.
Levantado por Deus e ungido por Eliseu para executar o juízo contra a casa de Acabe, Jeú foi zeloso em destruir o culto a Baal e os descendentes de Acabe. No entanto, manteve a idolatria dos bezerros de ouro, impedindo um verdadeiro reavivamento espiritual (2 Reis 9–10).
3️⃣ Jeoacaz – 814–798 a.C.
Enfrentou severa opressão dos sírios. Clamou a Deus em meio ao sofrimento e foi parcialmente ouvido, mas não abandonou os caminhos de idolatria que haviam se tornado tradição em Israel (2 Reis 13:1–9).
4️⃣ Jeoás (Joás) – 798–782 a.C.
Teve momentos de vitórias militares e reconquistas contra a Síria. Visitou Eliseu em seu leito de morte, mas demonstrou fé limitada. Mais tarde, entrou em guerra contra Amazias, rei de Judá, vencendo-o e saqueando Jerusalém (2 Reis 13–14
Jorão (ou Jeorão), Rei de Israel
Período de reinado: cerca de 852–841 a.C.
Pai: Acabe
Mãe: Jezabel
Dinastia: Omrida (filho de Acabe, neto de Onri)
Citações principais: 2 Reis 1–9, 2 Crônicas 22 (contexto com Judá)
Filho de Acabe.
- Reinou sobre Israel em Samaria por 12 anos.
- Continuou os pecados de Jeroboão, afastando o povo do Senhor.
- Embora tenha removido a coluna de Baal, persistiu na idolatria.
- Se aliou a Josafá (rei de Judá) para lutar contra Moabe (2 Reis 3).
- Foi morto por Jeú durante a execução do juízo de Deus contra a casa de Acabe (2 Reis 9:24).
1. Contexto Histórico e Familiar
Jorão foi o filho do rei Acabe e da rainha Jezabel, ambos conhecidos por sua idolatria e oposição aos profetas do Senhor, especialmente Elias. Após a morte de seu irmão Acazias, ele assumiu o trono de Israel. Reinou em Samaria por cerca de 12 anos.
O período do seu reinado foi marcado por conflitos militares, idolatria contínua, e interações frequentes com os profetas Elias e Eliseu, o que marca a tensão espiritual entre o trono e os mensageiros de Deus.
2. Ações no Reinado
🔹 Campanha contra Moabe (2 Reis 3)
Logo no início de seu reinado, Jorão formou uma aliança com:
- Josafá, rei de Judá
- O rei de Edom
O objetivo era enfrentar Moabe, que havia se rebelado contra Israel após a morte de Acabe.
Durante a campanha:
- O exército ficou sem água, e consultaram Eliseu, que só atendeu por respeito a Josafá.
- Eliseu profetizou vitória e prometeu água como sinal (milagre da água vermelha).
- A vitória militar veio, mas o rei de Moabe sacrificou seu filho no muro da cidade, o que causou grande indignação e a retirada das tropas israelitas.
🔹 Conflitos com a Síria (2 Reis 6–7)
Durante o reinado de Jorão, Israel sofreu várias incursões do exército sírio, liderado por Ben-Hadade.
Eliseu:
- Revelava os planos secretos da Síria.
- Fez o milagre da cegueira do exército sírio (2 Reis 6:8–23).
- Profetizou e Deus realizou o milagre do fim do cerco de Samaria, salvando Israel de uma fome extrema (2 Reis 6–7).
Jorão, no entanto, teve momentos de impaciência com Deus, chegando a culpar Eliseu pela crise e ameaçar sua vida (2 Reis 6:31). Isso revela falta de fé e dureza espiritual.
3. Relacionamento com os Profetas
Jorão viveu sob o ministério do profeta Eliseu, que era a continuação da obra de Elias. Apesar de presenciar muitos milagres e advertências, Jorão nunca se converteu verdadeiramente a Deus. Ele até chegou a mostrar respeito ocasional pelos profetas, mas continuava nos caminhos idólatras da casa de Jeroboão.
4. Sua Morte e o Juízo de Deus (2 Reis 9)
Jorão foi assassinado por Jeú, que foi ungido rei de Israel por ordem do profeta Eliseu, para cumprir o juízo de Deus contra a casa de Acabe.
Cenário da morte:
- Jorão foi visitar seu sobrinho, o rei Acazias de Judá, que estava doente.
- Jeú, já ungido rei, vai ao encontro de Jorão em Jezreel.
- Jorão foge, mas Jeú atira uma flecha que atravessa seu coração (2 Reis 9:24).
- O corpo de Jorão foi lançado no campo de Nabote, cumprindo a profecia contra Acabe por ter tomado aquele terreno (1 Reis 21).
5. Fé e Avaliação Espiritual
- A Bíblia diz que Jorão “fez o que era mal aos olhos do Senhor, porém não como seu pai e sua mãe” (2 Reis 3:2).
Isso significa que ele não adorou Baal diretamente como Jezabel, mas manteve os pecados de Jeroboão, ou seja, o culto aos bezerros de ouro em Dã e Betel. - Sua fé era superficial e política. Ele buscava os profetas apenas em momentos de crise, e culpava a Deus quando as coisas iam mal.
6. Importância na Bíblia
- Exemplo de liderança falha: Mostra como mesmo presenciando milagres e tendo acesso a profetas poderosos, um líder pode endurecer o coração.
- Instrumento para mostrar o poder de Deus: Sua vida serve como pano de fundo para os grandes milagres e profecias de Eliseu.
- Conexão com o juízo de Deus: Sua morte cumpre promessas feitas por Deus através de Elias, mostrando que a justiça divina é certa e pontual, ainda que demore.
Resumo
Característica | Detalhe |
---|---|
Nome | Jorão (ou Jeorão) |
Reinado | 852–841 a.C. (Israel) |
Pai e mãe | Acabe e Jezabel |
Espiritualidade | Ímpio, mas menos agressivo que seus pais |
Principais eventos | Guerra contra Moabe, cerco sírio, morte por Jeú |
Relação com profetas | Eliseu, que fez muitos milagres durante seu reinado |
Legado | Representa uma geração que viu o poder de Deus, mas não se arrependeu |
👑 Jeú – Rei de Israel (841–814 a.C.)
Período de reinado: aproximadamente 27 anos
Reino: Israel (Reino do Norte)
Pai: Josafá (não confundir com o rei de Judá)
Profeta relacionado: Eliseu
Texto base: 2 Reis 9–10
Ungido como rei por ordem de Deus através do profeta Eliseu (2 Reis 9:1-6).
- Cumpriu o juízo contra a casa de Acabe: matou Jorão, Jezabel e destruiu todos os descendentes de Acabe (2 Reis 9–10).
- Também exterminou os adoradores de Baal.
- Apesar da sua obediência inicial, Jeú continuou nos pecados de Jeroboão, mantendo o culto aos bezerros de ouro.
- Deus prometeu que até a quarta geração seus descendentes reinariam sobre Israel, como recompensa parcial pela destruição da casa de Acabe (2 Reis 10:30)
1. Contexto histórico
Jeú surge num período de grande decadência espiritual em Israel, no fim da dinastia de Acabe. A idolatria, a corrupção e a perseguição aos profetas marcaram o reinado de Acabe e Jezabel. Deus havia prometido por meio do profeta Elias que destruiria completamente a casa de Acabe (1 Reis 21:21–24), e Jeú foi levantado como instrumento para cumprir esse juízo.
2. Ascensão ao trono: chamado por Deus para julgar
- Jeú era comandante do exército de Israel sob o reinado de Jorão (filho de Acabe).
- Deus ordenou ao profeta Eliseu que ungisse Jeú como rei (2 Reis 9:1-13), mesmo antes da morte de Jorão. A unção aconteceu secretamente por um discípulo de Eliseu, com ordem de sair logo após ungir Jeú.
- A partir daí, Jeú começou um golpe de Estado divinamente autorizado.
3. Execução do juízo: destruição da casa de Acabe
Jeú executou com rigor o julgamento contra a casa de Acabe:
🔸 Assassinato de Jorão (2 Reis 9:14-26)
- Matou o rei Jorão de Israel com uma flecha no coração.
- Jogou seu corpo no campo de Nabote, cumprindo a profecia de Elias (1 Reis 21:19).
🔸 Morte de Jezabel (2 Reis 9:30-37)
- Jezabel foi confrontada por Jeú em Jezreel.
- Lançada da janela por seus próprios servos.
- Seu corpo foi devorado por cães, cumprindo a profecia exata de Elias.
🔸 Matança dos descendentes de Acabe (2 Reis 10:1-11)
- Jeú enviou cartas a Samaria exigindo que os líderes locais matassem os 70 filhos de Acabe. Eles obedeceram, e Jeú exibiu as cabeças como sinal de sua autoridade.
🔸 Extermínio dos adoradores de Baal (2 Reis 10:18-28)
- Enganou os adoradores de Baal, convidando-os para um “grande sacrifício”.
- Mandou matá-los todos de uma vez só, destruindo o templo de Baal e seus ídolos.
- Essa ação marcou a erradicação oficial do culto a Baal em Israel.
4. Sua fé e falhas espirituais
🔹 Zelo inicial por Deus
- Jeú demonstrou grande zelo em cumprir a ordem divina para eliminar o mal da casa de Acabe e destruir o culto a Baal.
- Foi elogiado por Deus: “Porque bem executaste o que é reto aos meus olhos (…) os teus filhos até à quarta geração se assentarão no trono de Israel.” (2 Reis 10:30)
🔹 Mas não se converteu de coração
- Apesar disso, Jeú não se afastou dos pecados de Jeroboão (2 Reis 10:29).
- Continuou com os bezerros de ouro em Betel e Dã, símbolos de um culto corrompido.
- Isso mostra que Jeú combateu uma idolatria (Baal), mas manteve outra (os bezerros).
- O texto bíblico avalia sua fé como superficial e política, não sincera.
📝 “Contudo, Jeú não teve o cuidado de andar de todo o coração na lei do Senhor, Deus de Israel…” (2 Reis 10:31)
5. Resultados e consequências
- Durante o fim de seu reinado, Israel começou a perder território para o rei Hazael da Síria (2 Reis 10:32-33).
- Embora Deus tivesse feito uma promessa de continuidade à casa de Jeú, o reino de Israel continuou a declinar espiritualmente e militarmente.
6. Importância na Bíblia
Aspecto | Significado |
---|---|
Cumpridor do juízo divino | Jeú foi instrumento direto da justiça de Deus, cumprindo profecias antigas com exatidão. |
Símbolo de zelo sem transformação | Ele agiu com força contra o mal, mas não permitiu que seu próprio coração fosse transformado. |
Modelo de advertência | Mostra que é possível fazer a obra de Deus externamente, mas ainda errar por dentro. A obediência parcial não substitui a fé verdadeira. |
Resumo
Característica | Detalhes |
---|---|
Nome | Jeú (Rei de Israel) |
Reinado | 841–814 a.C. |
Destaques | Exterminou a casa de Acabe e os adoradores de Baal |
Profeta envolvido | Eliseu |
Religião/espiritualidade | Zelo inicial, mas idolatria persistente |
Legado | Mistura de obediência política com desobediência espiritual |
Avaliação final | Usado por Deus, mas não andou com Deus de coração inteiro |
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👑 Jeoacaz – Rei de Israel (814–798 a.C.)
Período de reinado: cerca de 17 anos
Reino: Israel (Reino do Norte)
Pai: Jeú
Profeta ativo na época: Eliseu
Texto-base: 2 Reis 13:1–9
Filho de Jeú.
- Reinou por 17 anos sobre Israel em Samaria.
- Fez o que era mau perante o Senhor, seguindo os pecados de Jeroboão (2 Reis 13:1-2).
- Por causa dos pecados de Israel, Deus permitiu que Hazael, rei da Síria, os oprimisse severamente.
- Jeoacaz clamou ao Senhor, e Deus deu um libertador a Israel (embora o texto não nomeie esse libertador explicitamente — pode ter sido um dos sucessores).
1. Contexto histórico e sucessão
Jeoacaz foi o filho de Jeú, o rei que exterminou a casa de Acabe e destruiu o culto a Baal. Jeoacaz assumiu o trono num momento de declínio espiritual e militar para Israel. Apesar do zelo inicial de seu pai, o povo ainda persistia na idolatria, e o país sofria as consequências disso.
2. Período de opressão
🔸 Inimigo principal: Síria
- Durante seu reinado, Hazael, rei da Síria, e depois seu filho Ben-Hadade III, oprimiram duramente Israel.
- O texto mostra que o exército de Jeoacaz foi reduzido a 50 cavaleiros, 10 carros e 10.000 soldados (2 Reis 13:7). Isso representa quase a aniquilação das forças militares de Israel, deixando o reino vulnerável.
3. Seu clamor a Deus
Apesar de sua conduta espiritual falha, Jeoacaz clamou ao Senhor quando viu a miséria de seu povo:
“Então Jeoacaz suplicou ao Senhor, e o Senhor o ouviu, pois viu a opressão que o rei da Síria causava a Israel.” (2 Reis 13:4)
Deus, em Sua misericórdia:
- Ouviu o clamor de Jeoacaz.
- Enviou um “libertador” (não nomeado diretamente no texto, mas que poderia ter sido seu filho Jeoás ou mesmo Jeroboão II depois).
- Deu algum alívio à nação, embora a idolatria não tenha sido abandonada.
4. Sua fé e espiritualidade
Jeoacaz é um exemplo de alguém que buscou a Deus em tempos de aflição, mas não manteve fidelidade após o livramento.
Idolatria persistente:
“Porém não se desviaram dos pecados da casa de Jeroboão… antes andaram neles, e também o poste-ídolo ficou em Samaria.” (2 Reis 13:6)
- Ele não removeu os bezerros de ouro (Dã e Betel), símbolos da falsa religião nacional.
- Permitiram a adoração de ídolos em Samaria.
Arrependimento momentâneo:
- Mostra um momento de quebrantamento ao clamar a Deus, e isso revela que ainda havia uma semente de fé.
- Contudo, não houve reforma espiritual ou arrependimento duradouro.
5. Importância na Bíblia
Aspecto | Significado |
---|---|
Representa o declínio do reino do Norte | Israel estava militarmente enfraquecido e espiritualmente apático. |
Mostra o caráter misericordioso de Deus | Mesmo com líderes maus, Deus ouve o clamor sincero e intervém. |
Exemplo de fé incompleta | Jeoacaz buscou a Deus por necessidade, mas não por fidelidade. |
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6. Resultado e legado
- Seu reinado não trouxe restauração espiritual.
- Ele preparou o terreno para uma relativa recuperação militar sob seu filho Jeoás, mas sem um verdadeiro retorno a Deus.
- A nação continuou em declínio, mesmo com alívios temporários da opressão.
Resumo
Característica | Detalhes |
---|---|
Nome | Jeoacaz |
Reinado | 814–798 a.C. |
Pai | Jeú |
Principal inimigo | Síria (Hazael e Ben-Hadade) |
Destaques | Clamou a Deus sob opressão |
Espiritualidade | Fez o que era mau aos olhos do Senhor, mas buscou ajuda divina |
Avaliação final | Foi ouvido por Deus, mas não abandonou a idolatria |
Lições espirituais de Jeoacaz
- Deus ouve até mesmo os ímpios que clamam com sinceridade.
- Livramentos não substituem arrependimento real.
- Liderança sem reforma espiritual leva a alívios temporários, mas não à restauração completa.
👑 Jeoás (ou Joás) – Rei de Israel
Período de reinado: cerca de 798–782 a.C.
Reino: Israel (Reino do Norte)
Pai: Jeoacaz
Texto-base: 2 Reis 13:10–25; 14:8–16
Contemporâneo de: Amazias, rei de Judá; Profeta Eliseu
Filho de Jeoacaz.
- Reinou por 16 anos sobre Israel.
- Continuou nos pecados de Jeroboão.
- Foi visitado pelo profeta Eliseu antes da morte deste, onde ocorre a famosa profecia da vitória contra a Síria usando flechas (2 Reis 13:14-19).
- Derrotou os sírios três vezes, como Eliseu havia profetizado.
- Luta contra Amazias, rei de Judá: derrota Amazias, captura Jerusalém parcialmente e saqueia o templo (2 Reis 14:8-14)
1. Contexto e ascensão ao trono
Jeoás assumiu o trono num período de grande enfraquecimento militar de Israel, herdado de seu pai Jeoacaz. O exército havia sido quase destruído pela Síria, e o povo estava espiritualmente distante do Senhor. Apesar disso, Deus começou a mostrar misericórdia e a restaurar parcialmente a força do reino.
2. Fatos marcantes do seu reinado
🔹 Encontro com o profeta Eliseu (2 Reis 13:14–19)
Esse episódio é um dos mais significativos de sua vida:
- Quando Eliseu estava prestes a morrer, Jeoás foi visitá-lo, chorando e chamando-o de “meu pai, meu pai, carros e cavaleiros de Israel!” — um título dado a homens espiritualmente poderosos (como Elias antes).
- Eliseu ordenou que Jeoás atirasse flechas pela janela, simbolizando vitória sobre a Síria.
- Jeoás atirou três vezes no chão, e Eliseu ficou indignado, dizendo que ele deveria ter atirado cinco ou seis vezes para destruir a Síria por completo. Assim, ele obteria apenas três vitórias parciais (2 Reis 13:19).
Essa cena mostra:
- Falta de ousadia espiritual de Jeoás.
- Que a fé limitada do rei restringiu a plenitude da vitória que Deus queria dar.
🔹 Vitórias contra a Síria (2 Reis 13:24–25)
- Cumprindo a profecia de Eliseu, Jeoás derrotou Ben-Hadade III da Síria três vezes e recuperou cidades israelitas perdidas.
- Isso marcou um começo de restauração militar para Israel.
🔹 Guerra contra Judá (2 Reis 14:8–14)
- Amazias, rei de Judá, desafiou Jeoás para uma guerra.
- Jeoás respondeu com uma parábola zombando da arrogância de Amazias, mas acabou aceitando o combate.
- Israel derrotou Judá em Bete-Semes, e Jeoás:
- Capturou Amazias, rei de Judá.
- Invadiu Jerusalém, derrubou parte do muro e saqueou o templo e o palácio real (2 Reis 14:13–14).
Essa guerra civil foi motivada por orgulho e vaidade política, e não por orientação de Deus.
3. Sua fé e espiritualidade
Falhou em se voltar plenamente a Deus
- A Bíblia afirma claramente que Jeoás “fez o que era mau perante o Senhor”, seguindo os pecados de Jeroboão, ou seja, continuando na idolatria dos bezerros de ouro (2 Reis 13:11).
- Apesar de sua preocupação com Eliseu e aparente respeito pelo profeta, não houve uma reforma espiritual em seu reinado.
Buscou a Deus de forma limitada
- Teve momentos de sensibilidade espiritual, como na visita a Eliseu.
- Foi usado por Deus como instrumento para libertar Israel parcialmente da opressão síria, mostrando que Deus ainda agia com misericórdia mesmo com reis imperfeitos.
4. Importância na Bíblia
Aspecto | Significado |
---|---|
Restaurador militar parcial | Trouxe vitórias e reconquistas importantes contra a Síria. |
Relação simbólica com Eliseu | Seu encontro com Eliseu mostra a tensão entre fé verdadeira e superficialidade política. |
Símbolo de liderança limitada | Ilustra como ações corretas sem fé profunda limitam as bênçãos de Deus. |
Exemplo de orgulho e divisão | A guerra contra Judá revela como a política interna dos reinos divididos prejudicava a nação como um todo. |
Resumo
Característica | Detalhes |
---|---|
Nome | Jeoás (Joás) |
Reinado | 798–782 a.C. |
Pai | Jeoacaz |
Conflitos principais | Síria (Ben-Hadade III), Judá (Amazias) |
Vitórias | Três vitórias sobre a Síria, vitória sobre Judá |
Profeta envolvido | Eliseu (em seus últimos dias) |
Espiritualidade | Respeitou Eliseu, mas manteve a idolatria |
Avaliação final | Um rei eficaz militarmente, mas espiritualmente superficial |
Lições espirituais de Jeoás
- Deus pode usar até líderes imperfeitos para cumprir Seus propósitos.
- O grau de fé com que agimos pode determinar o quanto recebemos de Deus.
- A falta de fidelidade verdadeira limita a plenitude das promessas divinas.
5. Linha do Tempo: Jeú → Jeoacaz → Jeoás (Joás)
Linha do tempo resumida e comparativa dos reis Jeú, Jeoacaz e Jeoás (Joás) — destacando seus reinados, guerras, relação com Eliseu, e aspectos espirituais.
Rei | Reinado | Relacionamento com Deus | Relação com Eliseu | Conflitos militares | Destaques espirituais e políticos |
---|---|---|---|---|---|
Jeú | 841–814 a.C. | Zelo parcial – destrói Baal, mas mantém idolatria | Ungido por ordem de Eliseu | Extermina casa de Acabe, enfrenta resistência da Síria | Executa o juízo de Deus, mas não anda de todo o coração |
Jeoacaz | 814–798 a.C. | Clama a Deus na aflição, mas não abandona os ídolos | Eliseu ainda ativo | Oprimido duramente por Hazael (Síria) | Mostra fé em crise, é ouvido por Deus, mas não se converte |
Jeoás (Joás) | 798–782 a.C. | Fé limitada – respeita Eliseu, mas segue pecado de Jeroboão | Visita Eliseu moribundo | Ganha 3 vitórias contra a Síria; guerreia e vence Judá (Amazias) | Recebe vitória profética, mas não busca a Deus plenamente |
Análise geral: 3 gerações, uma mesma lição
Tema-chave | Observações |
---|---|
Zelo inicial sem arrependimento contínuo | Jeú começou com força, mas não limpou a idolatria completamente. |
Clamor momentâneo não substitui fidelidade | Jeoacaz orou, foi ouvido, mas permaneceu no erro. |
Obediência parcial limita vitórias | Jeoás teve oportunidade de destruir a Síria, mas sua fé limitada o impediu. |
Eliseu como voz profética constante | Mesmo com reis falhos, a presença de Eliseu mostra que Deus ainda estava tentando guiar Israel. |
📌 Reflexão espiritual da linha do tempo
Esses três reis nos mostram que Deus é misericordioso mesmo diante da infidelidade, mas que as bênçãos plenas vêm com obediência total e fé verdadeira. A fidelidade externa, sem conversão interna, sempre trará resultados limitados.
Por: Na Mira da Eternidade/05-05-2025